quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aeeee

Gente...
Desculpem a ausência por aqui, mas essa semana foi mais corrida do que eu achei que seria e vou contar pq.

Segunda-feira eu acordei bem preocupada, porque teríamos uma tarefa a mais nessa semana. Além do já costumeiro "procurar emprego", teríamos que sair também para procurar um lugar para morar. Isso porque quando viemos pra cá, fechamos o primeiro mês em uma casa de família, a famosa homestay. Essa já é nossa terceira semana aqui, então vocês podem entender nossa preocupação.

No domingo eu já dormi pensando nisso e segunda acordei com o firme propósito de sair cedinho de casa, vir pra biblioteca e não sossegar enquanto não achasse alguma coisa, tanto de emprego, quanto de moradia.

Mas, assim que eu saí do quarto, encontrei minha mãe do homestay e ela me convidou pra sentar na sala com ela. Aí veio a proposta. Ela queria que ficássemos com ela na casa dela. Além da comodidade de não precisarmos mudar, nem procurar outro lugar, financeiramente era bem interessante também. De qualquer maneira, procurei algumas outras casas, mas isso pra mim já era um sossego para a alma.

Ainda tinha que procurar emprego porque as coisa são muito caras e num piscar de olhos o din din vai embora. Mas, no domingo, antes de dormir, eu tinha orado muito e pedido muito para que Deus cuidasse dessa situação pra gente.

Segunda-feira, enquanto eu falava com a minha mãe na internet e ela me dizia justamente para confiar em Deus, meu celular tocou. Era de um restaurante para o qual tínhamos mandado curriculo no sábado. O rapaz, que se chama Simon, queria saber se o Fla e eu poderíamos ir até o restaurante no mesmo dia à tarde, para bater um papo. O restaurante fica na cidade, mas não é longe de casa. Esperei o Fla, nos arrumamos um pouquinho e fomos.

Ele nos recebeu muito sorridente e disse que tinha uma vaga de garçon, mas viu que a gente não tinha experiência, então nos ofereceu uma outra vaga, de kitchen hand, ou ajudante de cozinha. Como o horário é das 10h às 15h, não dava pro Fla, mas eu disse que estava interessada e ele me perguntou se eu podia começar na terça.

LÓGICO, né? rs

Então, arrumei um emprego. São só 3 dias por semana e é super cansativo, mas estou muito grata a Deus por isso...

Além dessa bênção, Deus ainda nos deu outro presente. Um outro emprego, numa churrascaria brasileira, só nos finais de semana. Ainda vamos lá hoje para ver como vai ser e pegar os detalhes, mas LOUVADO SEJA DEUS por isso!!!

Deus é fiel!
Quando acordei na segunda-feira, fiquei pensando em escrever aqui e pedir para vocês orarem por nós, por essa situação toda que estava me deixando bastante aflita. Mas hoje vou dizer uma coisa diferente..

Se vc está precisando de uma resposta de Deus, não desanime! Ele está te ouvindo e vai atender o seu clamor no momento certo. Ele é fiel e nos mostra a cada dia que Ele pode suprir todas as nossas necessidades.

"Não fiqueis ansiosos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."

Deus é bom, é fiel, e nos ama acima de qualquer coisa. Essa é uma das lições que temos aprendido aqui, tão longe de casa. É bom sentir o carinho de Deus numa forma tão palpável.

Obrigada também pelo carinho de vocês, que têm vindo aqui, lembrado de nós e orado por nós. Podemos também sentir o seu amor.

Louvado seja o nome do Senhor!

Beijinhos!
Que Deus te abencoe!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Caçando emprego

Bom, nossa luta pra encontrar emprego aqui começou praticamente ao mesmo tempo que veio o sonho de estudar aqui. Já há algum tempo eu vinha olhando os anúncios, sonhando acordada, mas como não dava pra ir realmente atrás de nada, a guerra mesmo começou essa semana, depois de uns dias de adaptação.

Fomos na Victoria Ave, uma rua perto de casa onde tem um monte de restaurantes, lojinhas e cafés. Curriculos em mãos e começamos a caça.

Entreguei meu CV em 2 lugares, morrendo de medo de falar com as pessoas. Ontem tive as 2 entrevistas.

Na primeira, um teste de 2 horas. Eletrizante, muita correria, muito agito e ficaram de dar a resposta essa semana. Na segunda, eu desisti. Era chiquê demais pra mim.. rs

Hoje vamos atrás de mais alguma coisa. E dá-lhe bateção de perna!!!

Fui!
Fe

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Vivendo entre estranhos...

Já faz quase 1 semana que chegamos aqui.
Nessa semana, muito frio, chuvinha, muita coisa nova pra aprender.
Hoje é o primeiro dia de sol de verdade em muitos dias. O céu tá azulzinho e dá quase pra sair de casa sem blusa. Quase. rs
Tem gente na rua de camiseta sim, mas provavelmente são as mesmas pessoas que andam com os bebês em carrinhos sem colocar touquinha, ou cobertor. Minha mãe ficaria horrorizada. Eu fico!
Dentre os grandes desafios de morar aqui em Melbourne, o transporte tem sido uma barreira pra gente. Não, não é complicado, nem nada disso, de verdade. O problema é o preço. Uma passagem custa mais de 3 dólares. Eu nem sei exatamente o preço porque meu cérebro bloqueou o restante da informação quando ele gravou o número 3. Achei caríssimo. Mas funciona, né, minha gente?
Então. Aí descobrimos que tem um ônibus gratuito, que passa nuns horários determinados em certos pontos e andam dando voltas, mas chegam no centro da cidade. Acho que foi o Alessandro, amigo do Fla que contou isso pra gente.
2 dias atrás quisemos pegar esse ônibus, mas sei lá o que deu na nossa cabeça, que resolvemos andar a St Kilda Road até o centro da cidade. Foi legal passar por lá, ver as milhões de motos incríveis paradas nas portas dos prédios, mas o absurdo foi a caminhada. Da praia de St Kilda em direção ao centro, a St Kilda Rd é uma subidinha de 1h30. Me senti na São Silvestre na subida da Brigadeiro. Tá, não é tão íngreme assim, mas cansa, viu? E pra quem já tinha andado 1 hora até a escola do Fla, 1 hora até ele sair da aula e andou ainda mais 1 hora pra voltar pra casa, debaixo de uma chuvinha fina.. Acredite! CANSA!
Aí, ontem, resolvemos pegar o tal do Free Comunity Bus. Não importava, de verdade, se ele parava perto de onde queríamos descer. Se ele fosse até metade do caminho, já estava ótimo pra gente.
Esse ônibus passa na frente da Biblioteca de St Kilda exatamente às 13h30. Exatamente mesmo, sem 1 minuto de atraso. O busão chegou, a gente embarcou e aí, depois de uma rápida analisada no local, bateu o medo. Só idosos e deficientes no ônibus. A gente quase morreu de vergonha, e começamos a prestar atenção nas ruas pra ver se a gente passava por algum lugar conhecido. Descemos pertinho do centro da cidade, quando o ônibus parou pra pegar outros passageiros.
Perguntamos pra meio mundo se era algum ônibus especial ou se era pra qualquer pessoa. Alguns não souberam informar. Nossa "mãe" disse que a gente pode pegar sem medo, mas sei lá... Ficamos com um pé atrás. rs

Agora a fase de reconhecimento da cidade está acabando. Lógico que ainda tem muita coisa pra gente ver, mas é hora de procurar emprego. Alguma coisa me diz que essa vai ser uma das maiores aventuras..

Até mais!
bjs



Subindo a St Kilda Rd.

domingo, 9 de agosto de 2009

Chegamooooooooooos!!!

Oi, gente...

Demorou, mas chegamos..
Primeiro, quero falar da viagem, precisamente da escala que fizemos em Dubai.

Primeiro dia de viagem, chegamos a Dubai.

A viagem foi extremamente cansativa. Apesar do avião ser super luxuoso, comida boa e atendimento interessante, a poltrona não era tão perfeita pra dormir quanto eu achei que seria. Conclusão: joguei videogame, vi filmes, ouvi musica e tirei uns pequenos cochilos. Não foi o bastante pra quem está carregando o cansaço há alguns dias, mas deu pra ficar acordada mais um pouquinho.

Bom, chegamos em Dubai. Quer dizer, ja tinhamos chegado fazia tempo já, mas o aeroporto é um mundo de grande e tivemos um pouco de dificuldade de lidar com aquele pessoal educadíssimo que trabalha por lá. Ficamos quase 1 hora andando pra conseguir chegar finalmente no guichê onde fizemos uma fila de espera pelo ônibus que nos levaria pro hotel. O hotel é legal, pelo menos. Tudo bem que o quarto tem duas camas de solteiro, mas o Fla e eu estamos mais do que acostumados a dormir assim em hotel.
Tudo bem, é de graça mesmo. Hahah

A coisa mais marcante de Dubai infelizmente não vai poder ser mostrada em fotos. É o calor. Sem brincadeira. Chegamos às 23h aqui, e estava 38 GRAUS!!!!!! Um calor, um abafado que coloca o Rio de Janeiro no ranking dos lugares mais frescos do mundo!
Uma outra coisa interessante aconteceu assim que saímos do avião. O Flá disse que queria ir no banheiro e queria sair logo de lá, mas eu sugeri que ele fosse no banheiro no aeroporto mesmo, pq a gente não sabia como ia ser pra chegar no hotel e tals:

Flá: - Ah não, vai que tem um buraco no chão do banheiro.
Fê: - Fla, aqui não é a India, né?

A foto fala por si.



Mas tinha banheiro “normal” também. Só que eu não achei a tempo. Ele sim! Hahaha

Viramos a noite em Dubai. Primeiro porque nao tinhamos um pingo de sono, segundo porque estavamos ansiosos com a viagem e terceiro porque queriamos aproveitar aquele lugar insano ao maximo, porque sabe-se la quando vamos passar por la de novo! Tem foto no orkut, pra quem quiser ver.

Enfim, viemos pra Melbourne. Levantamos cedo, fomos pro aeroporto, que, de novo, e um monstro de grande. TEm um andar inteiro de FreeShop. E de deixar qualquer consumista doido. Eu comprei pouco, so um perfume e uns chocolates que deu vontade e eu nao sou de ferro. Mas na volta... Me aguardem!

O voo foi terrivel. Ficamos na poltrona do lado do banheiro e era um transito naquela regiao que vcs nem imaginam! Fora isso, deu pra dormir um pouco. Estavamos quebrados! Completamente!

Depois de 14 horas de voo, Melbourne nos recebeu com uma garoinha fina, que passou antes mesmo de sairmos do aeroporto. O ar estava gelado e era cedo, umas 7h da manha. Pegamos um taxi e um pouquinho de transito e fomos pra nossa Homestay. Essa parte deu medo, eu confesso. Complicado pensar que iriamos pra uma casa de gente que nao conhecemos e tals. Mas foi uma agradavel surpresa. Nossa mae estava ansiosa esperando por nos. Ela veio da Hungria muitos anos atras. Tem um filho que tem 27 anos e tem uma semelhanca incrivel com o Flavio, e uma filha de 32 que nao conhecemos e tudo indica que nem vamos conhecer.
Nossa mae adora cozinhar. Ja tinha feito uma sopa hungara pra gente. Chegamos exaustos e queriamos dormir um pouco. E foi o que fizemos. Depois, acordamos, almocamos e fomos procurar a agencia aqui em Melbourne, pra tirarmos umas duvidas. Fomos andando, e congelando, o caminho todo. Tava uns 10 graus. rs

A cidade e linda, charmosa, tem uma rua bem no centro com todas as lojas de roupa cara e de grife que voce pode imaginar na sua vida. Todas na mesma rua. Chega a ser enlouquecedor. haha

O povo e educado e simpatico. Muito bom.

Estamos bem felizes com tudo isso. Nossa mae tem nos dado dicas preciosas sobre como lidar com algumas situacoes, brigar por preco e ir nos lugares mais baratos. Bem legal!

Bom, vou colocar umas fotos pra vcs verem no orkut, ta?

Bjss
Fe

Chegamooooooooooos!!!